domingo, 6 de maio de 2012

"Morrer enquanto corro" ou "sou tão menos hoje..."

Você já teve a impressão de ter sido "mais" em algum momento do seu passado? Tenho uma impressão, de tempos em tempos, que já fui mais interessante, mais criativa e que usava melhor meu potencial. Tenho textos meus que leio e penso: uau, eu escrevi isso? Talvez eu estivesse estudando ou trabalhando mais (sem dúvida), mas o caso é que eu me expressava, ousava, corria e não tinha medo de quase nada.

Será que é isso que chamam de envelhecer? Ser menos, ainda que poucas pessoas ou ninguém note? O espelho nem mostra essas sutilezas, só uma ou outra marca que logo vai virar ruga, uns poros mais abertos, mas nada que alguns dinheiros em uma clínica de estética não resolva. Mas e o "ser menos"? Quem resolve? Talvez seja isso mesmo, ir perdendo sues pedaços pelo caminho, quando se vê, nossa, tenho só meus dedos e um pulso sem força. 

Vejamos. Se eu exagero em tudo e minha velocidade é maior do que a maioria das pessoas, se faço rápido, enjoo rápido, desisto rápido e recomeço, o tempo todo, e se nisso aplico todas as minhas forças, pode ser que minha vida também acabe mais rápido. Que um dia, aos trinta e dois, eu acorde sem energia nenhuma. Causa mortis: excesso de velocidade.

Ou não.





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