domingo, 17 de junho de 2012
Sabe por que...
...eu ainda escrevo aqui, sendo que poderia fazê-lo em qualquer outro lugar escondido, em arquivos de computador, em outro computador, em folhas avulsas, em diários que mantenho desde os 8 anos de idade? Porque o blogspot me diz que todos os dias pessoas entram aqui pra... ler o que escrevo. O que é um tanto quanto estranho, já que muitas vezes não escrevo absolutamente nada. E o contador do blog fica me dizendo: 4, 8, 15(!), 6, 2, 0 (uh, aí sim, normal). E eu não sei quem são essas pessoas (fora uma ou duas) que se dão ao trabalho de. Mas os números estão aí.
Pode ser uma pessoa apenas. Ela está trabalhando e descobriu o blog e, poxa, gosta, então fica atualizando várias vezes por dia, apertando F5 no teclado e me fazendo pensar que são várias quando é uma só, maluca e entediada.
Podem ser amigos que acham graça nas besteiras.
Podem ser desconhecidos que caíram aqui por procurar palavras aleatórias no Google.
Podem ser projeções da imaginação do Blogspot, que, não tendo muito o que fazer na minha conta de blogs, resolve se divertir me iludindo com falsas alegrias.
Ou pode ser, simplesmente, que eu escreva algo que faça bem ou atraia ou seja divertido ou deprima, mas que de alguma forma, causa curiosidade e vontade em alguém ou alguéns.
E é só por isso, por mais nada, que continuo escrevendo. Pra meu grande universo de cinco ou seis leitores fiéis e entediados.
Amo vocês. Seja lá quem forem, sintam-se abraçados e, se um dia me procurarem pra conversar, pagarei um café com coxinha pra cada um.
sábado, 9 de junho de 2012
Na estratosfera e subindo
Imagem tirada desse site aqui: http://migre.me/9qaOx
Quando foi, quando foi que eu comecei a achar que tinha de ser coerente? Começo, meio e fim, histórias com sentido, falas planejadas e sagazes, almoço na hora do almoço, shampoos para o meu tipo de cabelo?
Eu não sei, mas quando havia meias histórias, meias frases e músicas sem lógica acho que havia mais sentido, por mais estranho que pareça.
Esses dias perguntei a um amigo se ele era gay. E que eu sempre tive essa dúvida. A resposta dele:
- Não, mas não se preocupe, muita gente me pergunta isso.
- O engraçado é que eu só achava isso pelo seus perfis na internet. Pessoalmente não, você é bem... hétero.
- Não se preocupe, a maioria das pessoas me acham gay na internet e também pessoalmente.
- Hum. Tá.
Mudamos de assunto. Segui o conselho e não me preocupei mais.
O fato é que nunca sei o que fazer com meu tempo livre. Isso ficou óbvio nos últimos meses, quando o que mais tive foi tempo, espaço, o mundo todo pra fazer o que eu bem entendesse. Vai ver que eu não bem entendo quase nada.
E os vazios existenciais, já te falei deles? Como boa neurótica - já me disseram pra parar de falar assim, mas me disseram tanta coisa e eu já descartei tantas delas - eu me movo para driblar problemas, matar monstros, defender seres indefesos, lutar contra o que está contra o que é a favor, acordar para derrubar muros, subir montanhas, escalar edifícios e depois fazer rapel. E de repente eu pego minha listinha de necessidades básicas e vejo que fiz um "ok" ao lado de todas elas. São básicas, é verdade, mas de que mais precisamos? De que mais eu preciso?
Tenho que dividir uma alegria pequena que me faz bem: receber ligações de empresas me convidando pra processos seletivos. "Não, obrigada, já estou empregada" é uma das frases que mais gosto de dizer nos últimos tempos. Porque, raios, valorizo muito isso ultimamente. Sim, eu demoro a aprender algumas coisas e outras eu simplesmente absorvo como que por osmose. Essa foi das lições difíceis de aprender.
Os vazios existenciais, temos de voltar a eles, na verdade têm a ver com meu medo de dar certo. Sim, medo de dar certo, já teve isso? Medo de ser feliz, medo de atingir tudo o que se quer. Meu Deus, e se de repente eu estiver sendo feliz? Qual é a penitência que mereço? Ser feliz assim deve ser pecado, não te ensinaram isso? Então chegam os questionamentos que não passam de um monte de absurdos da minha mente tentando me lograr e tirar meus motivos de alegria, dissecando-os um a um até me fazer ver algum problema escondido na sombra. Mas que sombra? É um sol de meio-dia, eu digo, e ela, a mente, só faz "humpf" e busca algo novo pra reclamar.
Os vazios existenciais não são mais do que medo do desconhecido. O que é superficial eu já conheço. Mas o que há além? O que há?
Várias camadas de céu, uma em cima da outra. Até qual delas você consegue subir?
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)