quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Os vultos e a plantinha




..e todos os vultos acabam sumindo, menos aqueles que a gente faz questão que fiquem. Ora, a gente refaz tudo no começo do ano, não refaz? Me traz aquela xícara de água que vou botar no vasinho ali, faz tempo que não águo. Só boto água no começo do dia, agora são mais de três horas. Mas coitada da planta, não tem culpa da minha mania. Eu e as minhas manias. Cadê aquela vela de estrela que tava aqui?

Não, eu não acho que todo mundo perde o sonho, com a vida. Porque, como eu sempre disse pro Abel, desistir do sonho é parar de alimentar a alma. E a minha ainda tem fome, nesses tempos tão ruins pra gente que ainda resolve sonhar. Talvez eu tenha jogado fora a vela. Acho que tinha cheiro de... morango?

Velas com cheiro são boas. Mas esses dias, vi no mercado sacos de lixo com cheiro de frutas. Era... limão para metais, uva para papel, laranja para vidros e... como era mesmo? Não sei, li por alto.

E apareceu um moço no portão dizendo: "tem alguma coisa pra dar?" e eu ia estender a mão e oferecer um abraço, mas duvido que ele aceitasse. A gente oferece aquilo que tem, então eu lembrei de pegar um quilo de arroz no armário, mas o pacote já tava aberto. Foi aí que vi o tanto de gelatina acumulado na despensa. E nem era tempo de festa junina, quando as crianças pedem "prenda" nas casas e a coisa mais fácil de dar é gelatina... Mas entreguei pro rapaz algumas moedas guardadas no fundo da bolsa e algumas roupas numa sacola, ele sorrindo e dizendo "eu levo pra minha irmã" e saindo, andando até o fim da quadra e virando a esquina.

Mas a bolsa, sabe, não tem mais tantas moedas quanto antes. É que as padarias têm colocado aviso dizendo "agradecemos aos clientes que pagarem com moedas"... Sim, eu acho que a riqueza do país tá nas moedinhas, todas guardadas nas gavetas das casas. Eu mesma não me importo muito com elas não. A riqueza, as moedas. Nem com as gavetas.

Foi semana passada que você viu uma criança te espiando no vestiário da loja? Eu acho que você fez bem em reclamar com a mãe do menino, mesmo ela tendo gritado pra todo mundo que você era uma sem-vergonha. Eu acho que as pessoas tão muito sem criatividade. Eu prefiro os dentes-de-leão. É. Do que as marias-sem-vergonha. Cê pega água pra eu colocar na plantinha? Eu só rego ela de manhã, mas ela não tem culpa das minhas manias. Hoje ainda não agüei ela.

Falando nisso, vieram aqui em casa perguntar se eu queria colaborar com o asfalto na minha rua. A mocinha, toda suada, segurando a tabuletinha marrom, coitada, insistiu e disse que se um dos moradores não aceitasse pagar tantos reais, em até sete vezes, até sete vezes, ela disse, a rua não podia ser asfaltada. Você veja, eles vêm pressionar, colocando a culpa na gente! Ora, minha filha, eu falei, eu já pago IPTU, já pago a taxa do lixo, já pago pra prefeitura me deixar morar nesse pedaço de casa depois que o Abel morreu. Aí você vem e me diz que se eu não pagar os vizinhos vão ficar sem asfalto? Foi o prefeito que prometeu asfaltar quinhentos quilômetros de ruas? Então manda os vizinhos cobrarem dele, que eu não prometi nada a ninguém. Ela fez cara de brava e disse "então, boa tarde pra senhora". Eu ia oferecer um copo de água, ela toda suada no pescoço, cê tinha que ver. Achei ela elegante, não perdeu a pose nem quando o gato preto da Joana pegou na perna dela, que nem faz com todo mundo.

Eu ia falar pra ela, mas ela não deixou. Que eu ainda tenho gosto de ver passar aqueles caminhões pesados aqui na rua, que eles levantam pó e logo vem a vizinha da frente varrer a varanda e reclamar que não deviam passar caminhões daquele tamanho no bairro. Ela varre, varre, entra em casa e chacoalha todos os lençóis e arruma de volta na cama. Tem vezes que ela tão fica irritada que recolhe a roupa do varal, acho que coloca na máquina de novo, porque dali a pouco corre estender de novo, tudo pingando...

Aquela sua colega ainda tá procurando gente pra trabalhar na casa dela? A que trabalhava pra Leonilda tá sem serviço e grávida, mas ainda de uns três meses. Já tem dois em casa e eu digo pra ela se cuidar, mas não adianta. Ela aceita meio período, por dia, por mês, é bem esforçada. Diz que o marido quebrou a cabeça na porta, foi quando a polícia entrou de supetão na casa procurando droga, mas não tinha nada não e mesmo assim reviraram tudo, aí foram encontrar escondido no Fusca da mulher que mora nos fundos, e na foto do jornal saiu o carro, a droga, as casas da vizinhança e o marido dela na frente da casa, com a cabeça sangrando. A manchete dizia: "Polícia prende cinqüenta quilos de cocaína na favela". Daí o marido foi procurar emprego no mercado dali de perto e o gerente perguntou "não foi você que saiu no jornal esses dias?", e olharam pra ele de cima a baixo. Aí até explicar que não tinha nada a ver com o trem... Eu sei é que tenho medo que algum dia um grande mal-entendido estrague a minha vida. Se bem que, estragar o quê, né? Eu nem saio mais de casa, só daqui prali, nem a sua tia não vem mais me buscar pra ir na casa dela.

Mas não sei não, se eu encontrasse uns cem mil na rua, acho que ficava pra mim. Quem é que devolve, hoje em dia? O senhorzinho que devolveu o dinheiro perdido no táxi dele foi chamado de idiota pelo pessoal do ponto, tudo amigo dele. Mas que belos amigos, né? Eu até podia procurar o dono, na verdade, mas daquele jeito, meio por cima, torcendo pra não encontrar. Teve um dia que eu achei vinte reais no chão, mas veio uma moça com outra menina e, bem rapidinho, colocaram o pé em cima e já abaixaram pra pegar. Saíram rindo, as duas. Ah, deixa pra lá...

Eu fico assustada sabe com o quê? Com aquela vontade que o mal aconteça com quem foi ruim pra gente. Quando eu era mais nova eu guardei uma mágoa de uma amiga da tua tia, eu fiquei meses pensando "quem ela pensa que é pra falar assim comigo?" Passou uns dias e eu soube que ela tinha sofrido um acidente de carro, nada muito grave, e depois foi demitida, ainda por cima. Aí aquela vozinha dentro da gente me dizia: "viu, viu? bem feito, ela mereceu!". Eu acho que fiquei sem me olhar no espelho uns dias, viu. Acho que eu tinha medo de a imagem me olhar com cara feia. Mas volta e meia acontece isso. Quando eu percebo que fiz de novo, abaixo a cabeça e pego meu espanador. Eu espano, espano os móveis da sala e só levanto os olhos pra ver a rua depois que a vergonha passa.

Sei lá, eu penso que quando as pessoas vão embora, ficam só os vultos. Assim como tem gente que pensa que depois da morte os espíritos ficam vagando aqui por perto. O vulto de uma pessoa nunca abandona quem ela acompanhou a vida toda. Você deve ser o vulto de muita gente, sabia? Não fala com seu pai há quanto tempo mesmo? Acha que ele não tem remorso disso? Acaba que ele vai virar um vulto pra você, cada dia maior, e no dia que disserem "ah, o PT já foi um bom partido", você vai derramar umas lágrimas sem querer, vai ver o vulto crescer aí perto de você. Aí vai pedir licença, vai no banheiro e vai ficar triste e vai ter que tomar remédio pra depressão. E tudo por quê? Por que você deixou ele virar um fantasma na sua vida, sem precisar. Eu tenho a impressão que alguns fantasmas a gente não consegue evitar, mas os que a gente pode, eu acho bom é fazer isso logo, consertas as coisas, sabe? Uma hora ou outra a gente entende as coisas que passaram. E aí todos os vultos vão embora, menos aqueles que a gente faz questão que fiquem, tem uns que a gente não se livra mesmo.

Aquelas marcas, eu já te disse, as marcas de quem viveu aqui, aqui nessa sala, ficam guardadas na parede. E quando, um dia, tocar aquela música que a pessoa gosta, elas, as marcas, vão tomar conta da sala. Que nem quando as valsas tocavam nos bailes que a gente ia, antigamente. E a sala pode até ser outra, pode ter outras coisas, ser pintada de roxo, pode até não ter aquele vaso de planta, pode ter virado outra coisa. Pode até não ter mais nada mesmo, igual eu falei. Mas os vultos ficam. Eles ficam sempre. E a gente leva pra outro lugar. Eles ficam presos nas estatuazinhas, aquelas que a gente deixa ali em cima da estante. Ficam nos copos, ficam no acolchoado. E sabe o que eu acho? Que a gente é que gosta que eles continuem ali. Pra ter com quem tomar café de vez em quando. Cê não acha, não, Izabel? Izabel? Faz um favor? Pega aquela caneca ali e me traz uma água da torneira. Acho que faz dias que eu não rego a plantinha. Coitada.

domingo, 25 de novembro de 2012

O estranho da vida



Pra mim 2012 já havia acabado. Tantas novas coisas aconteceram comigo e com pessoas que estão comigo que, bem, eu já estava com essa sensação de: uau, quantas novidades.

Ok, eu sempre tenho essa sensação de que o ano já passou, que estou bem lá na frente e os dias do calendário são datas passadas. Ainda que seja a data de hoje. É uma estranha sensação. Eu sempre correndo lá, tão lá na frente...

Em agosto comecei a sentir isso: um ciclo acabando. Claro, na minha cabeça. Por que as coisas continuam acontecendo num ritmo impressionante.

No fim de 2011 eu ouvia aquelas previsões de como 2012 seria um ano de mudanças. Chamavam de "o ano do dragão". O ano em que, se você se dedicar, terá muitos retornos. O ano em que as coisas podem mudar de maneira radical. O ano em que a energia vai estar voltada para grandes acontecimentos.

Bem, eu não sei como foi este ano pra você. Mas pra mim tudo isso aconteceu. E começou lá em janeiro. E estamos em novembro e ainda sinto que estou vendo a terra se movimentar debaixo dos meus pés enquanto eu corro de montanha em montanha.

E nos últimos dias as coisas se tornaram um pouco estranhas. Acho que agora eu precisava de umas pequenas férias. Pra me centrar novamente. Eu, que sempre corro, quero parar e respirar. Quero ter aquela sensação de quando se dorme e se acorda sem saber exatamente quem é e o que houve, que dia e que horas são, onde se está. Tenho dessas noites em que durmo tão profundo que esqueço de tudo. E é ótimo.

E muitas das coisas que me aconteceram são simplesmente incríveis e ótimas. Aliás, o saldo positivo desse ano é muito, muito grande. O tanto que eu cresci e entendi a vida foi, talvez, proporcional ao tempo que eu passei adormecida, letárgica, como aconteceu durante alguns anos.

Foi como se me colocassem numa escada e dissessem: vai. E apagassem todos os degraus debaixo daquele onde eu estava. Eu subi.

Meu pai teve câncer e se recuperou, eu conheci alguém muito especial, consegui freelar pra Abril, arranjei um emprego bacana, me apaixonei e comecei um namoro, fiz novos amigos verdadeiros, meu pai se casou e entrou para uma bela família, me aproximei mais de uma amiga que se tornou minha nova irmã, comecei a morar sozinha, fui convidada pra outro emprego bacana e... muitas outras coisas que aconteceram com amigos e parentes e pessoas queridas que, de alguma forma, me afetou.

E eu, que quero parecer forte e segura, acabei ficando bem vulnerável nos últimos dias. E acabei descobrindo que tenho uma distorção de imagem muito grande. Que aparento ser muito melhor do que acredito ser. E isso é mais uma das descobertas deste ano cheio de acontecimentos.

Lembro de ficar repetindo o refrão da música da Marina, "eu espero acontecimentos, mas, quando anoitece é festa no outro apartamento". Mas em 2012 as coisas realmente aconteceram. E cá estou eu tentando montar um cenário com as pecinhas novas que ganhei.

Estou bem cansada, mas grata. Ok, não terminei meu livro - não sei o que fazer com a personagem cínica que criei. Como muitas vezes não sei o que fazer comigo. Talvez a personagem também deva acreditar no ano do Dragão, acreditar que as mudanças que ela tanto deseja podem surgir, dia após dia, mesmo sem ela se dar conta. E talvez, lá na frente, ela olhe pra trás e diga: uau.


domingo, 18 de novembro de 2012

A loja de livros, o amigo e o bolo




Era a segunda vez em dois dias que levaria um bolo. Sentou-se no banquinho da loja de livros e pôs-se a ler os títulos, nas lombadas, com letras viradas em 90 graus. Lia e não pensava sobre. Outra vez havia se movido, com coração acelerado, expectativa, cabelos penteados e corpo com perfume doce. Estar ali era provar novamente que com poucas palavras, até com pouca expressão da parte dele, ela iria até o fim do mundo pelo amigo. Bastava um pedido. (Machado de Assim, Lima Barreto, Ana Miranda, Heloísa Seixas). Começa a ler uma história. O telefone celular toca. Ainda no banquinho, treme.

Ela: - Fala...
Ele: - Então. Eu tava chegando aí quando vi a Lívia atravessando a rua.
Silêncio: ...
Ela: - Pegou os cds com ela, pelo menos?
Ele: - Peguei. Mas tô indo embora. Não tenho condições de ficar mais aqui na cidade, não mesmo. Mas obrigada. Tchau.

O tamanho do bolo só poderia ser comparado com aquele de trocentos metros que é feito no aniversário da cidade de São Paulo. A pressão percorre o corpo, da cabeça aos pés. Ela esperava que ele fosse encontrá-la ali. Estava ajudando depois do fim de um namoro do moço. E haviam marcado de ela, a amiga fiel, pegar coisas dele que estavam com a ex-namorada. E ela, a amiga, estava numa loja de livros usados, esperando. Então ele liga e desmarca. Liga e desmarca porque viu a ex-namorada no meio da rua e não soube lidar.

Bem, ela continuaria por ali, a vontade de andar também havia ido embora. Condenou-se pela expectativa, animação, as quadras que andou de maneira leve e feliz. Lamentou pela meia hora que passou embrulhada em uma toalha após o banho, os cuidados com as mãos, as unhas, a sensação de arrumar-se para.

Quis morar, de repente, no prédio ao lado da loja de livros. Bastaria subir dois lances de escada e o chão gelado a receberia. De braços abertos, rosto colado no azulejo, o mundo seria outro depois de uma decepção. Por agora, suava na nuca. Mudança de planos, ausência de idéias. Por algum tempo esperou que uma borboleta batesse as asas no Sudão para que o caminho dele se modificasse por aqui e ele aparecesse, sem mágoas. Das pessoas que passavam em frente à porta de vidro, nenhuma era o moço. Sustentava pequena alegria com passos se aproximando, o olhar no chão. (Melhor não olhar, deve ser, deve ser. Eram sempre outros.)

E porque se abalara de longe prali? Antes, de noite, o diálogo pela internet propunha um encontro. Não era ela o foco da situação, ele não iria até lá para vê-la. Ela, sempre coadjuvante, nunca protagonista. Mas topava porque estariam juntos por alguns momentos. Haveria o encontro. Gostava de estar com ele.

- Faz um favor para mim? Não quero ver ela, não depois de tudo. Vai até o apartamento e pede a minha coleção de cds. São poucos, eu te espero na esquina. Mas não dá mesmo pra eu ir.

Claro, somos amigos. Por que não?, claro, claro. Concordei, em absoluto. E não seria dessa vez que deixaria de dar belos conselhos que iam contra o que eu sentia.

- Mas olha, fale com ela novamente. Vá atrás, tente voltar!

Ela já sabia que estava cruzada a linha que separa o querer para si da amizade. Aquilo que torna impossível o outro olhar com desejo porque já se tem o olhar de amigo. E dali pra adiante não haveria mais o olhar que despertava dúvidas. Os poucos metro de distância entre dois corpos não seria diminuído com o encontro dos olhos. Não mais.

- Insista. Faça qualquer coisa e deixe arrependimentos para depois. Esqueça o orgulho.

De maneira insana, dizia ao moço-paixão para reconquistar sua ex-namorada. Que era pra ele o ideal de mulher. Perfeita em todas as virtudes e falhas.

Pensou que as palavras de incentivo seguiam uma lógica torta. Deviam partir dela pra si própria, era ela que precisava dessa confiança pra soltar tudo o que sentia, de vez. Pervertia o sentido do que se passava no coração. Desacreditava de tamanha covardia, que se travestia de coragem em palavras de ajuda.

Por hora, na loja de livros, era preciso traçar um rumo. Estava perdida. Sem o encontro, sem o moço, sem o papel de amiga que consola e faz piadas.

Na rua, as pessoas pareciam saber o conteúdo de suas idéias. Teve o homem que a acompanhou, à curta distância, e com certeza ciente daquela tristeza toda. Não aguentaria a exposição da própria ilusão, desviou o caminho para uma loja na qual nunca quis entrar. Vitrines, roupas, promessas de felicidade em dez vezes ou cheque direto para a Páscoa.

Achou por bem raciocinar sobre o acontecido. Contou a si mesma e admirou-se por tamanha infantilidade. O que estava pensando? Tinha por acaso doze anos? Amor platônico, ahn? E achava que isso ia dar em que? O que raios fazia no meio da cidade, enfrentando a dureza do sol das três da tarde e as pedras soltas na calçada? Quem estava pensando que era?

Lembrou-se. Não quis escutar o que se passava pela cabeça. Lembrou das palavras diretas. "Ela é o meu ideal de mulher". Como bexiga vagabunda após duas horas de festa, murchou. A auto estima e a vontade, quase pode ouvir o barulho da ilusão indo embora. Ideal, ideal. Mulher.

Poderia ligar e dizer tudo o que pensava e sentia. Poderia tentar algo. Poderia ter um não de verdade pra enfrentar, e não só ideias e hipóteses. Mas não o faria, sabia.

Em casa haveria Sessão da Tarde. Poderia fazer um bolo de chocolate e fingir que nada havia acontecido. Como única testemunha de um fracasso desconhecido, o suor caía pela testa. Duas quadras e poderia deitar no chão da cozinha. Ainda bem.


Recebi por e-mail de uma amiga. Não nos falamos há tempos, mas ela está sempre por aqui, lendo. Obrigada, Patinha. =)

"Oi Gi, tudo bem...queria fazer um comentário no seu blog, mas não deu certo, simplesmente desisti de tentar me adaptar a estas mídias e as formas como funcionam. Eu admito: "não sei mexer, não sei usar.. " Enfim, só queria dizer que simplesmente amo seu blog, sobre o que escreve, como escreve. Às vezes sinto que você tem a capacidade de ler pensamentos. Leio alguns posts e penso: "caramba, é bem o que senti, o que pensei". a diferença é que você consegue transformar em palavras este monte de pensamentos e sensações. enfim, Às vezes sinto que você tem a capacidade de ler pensamentos.Definitivamente, sou sua fã. Ah, certamente estou nesta estatística que você não entendeu muito bem da contagem de visitantes.. sempre passo por aqui para ver se a dona Gislaine escreveu algo de novo. rsrs. Saudade de você. um grande bjo e tudo de bom.

Patinha"

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Truques virtuais

Eu acho que o Blogger tá bem de sacanagem. Ele me diz que todo dia tem algum visitante nesse blog. Todo dia. E às vezes é mais de um. Às vezes tem... dez acessos por dia. Quatorze. Vinte e um! Eu acho que é mais ou menos como aquela teoria do radar. De que quando você é pego uma ou duas vezes, toda hora recebe uma multa como se tivesse mesmo passado acima da velocidade, em qualquer local aleatório. É, uma vez aconteceu com meu pai. Ele estaria em Ponta Grossa num momento e, em menos de uma hora, no Centro de Curitiba. Duas multas no mesmo dia em intervalo de tempo impossível. Daí a teoria.

Mas o blog. Veja só, o blog é um espaço em que vez ou outra tem texto. E vez ou outra esse texto é legal. E vez ou outra alguém entra e lê um texto que pode ou não ser legal. Não tem sentindo ter dez acessos num dia, todos os dias, o mês inteiro.

Não faz sentido algum. Eu entenderia um ou dois acessos a cada três dias. Eu entenderia cinco acessos a cada quatro dias. Eu entenderia até cinco dias a cada dois acessos. Eu fico semanas sem escrever e quando entro na página de administradora eu vejo que foram 367 acessos num mês.

Trezentos e sessenta e sete.

...

Divertido.