sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ano novo, again.


Há muito menos obrigações na minha mente do que sempre existiu. Elas gritavam comigo: você TEM de fazer isso. É PRECISO. Fazer, ligar, ir até, falar, reclamar, escrever, cozinhar.

A obrigação está me deixando em paz. Ela aparece às vezes, julgando: você não fez? Mas a culpa acaba virando autocompreensão - eu não preciso fazer tudo. Nem ser tudo. Nem ser. Aliás, não preciso de coisa nenhuma, a não ser existir. (Dizem que até disso é possível se livrar, mas não é a pauta do dia.)

E eu deixei de me martirizar. Da garota que antes queria dar conta de tudo, passei a ser a que não quer dar conta de nada. Telefonemas, mensagens, festinhas, convenções sociais.

Talvez um pouco anti-social. Talvez um pouco fechada, diriam. 

Mas guardar essa energia pra mim tem feito muito bem. Darei um alô se você insistir muito. Se for essencial pra alegria ou vida de alguém.

Senão, ficarei por aqui, na minha. Jogando Candy Crush e vendo Breaking Bad abraçada com meu namorado, com um ventilador quase na cara, sentindo que o que tenho é até mais do que me basta.



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